sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um infinito

E Acabastes por cruzar meu destino, me mostrando o caminho. Sem nos importarmos com as consequências, porque com você eu não temo.
Começou a olhar-me devagar, se transformando no meu porto seguro, me apertando em você, fazendo com que eu me sentisse infinita, me fazendo sentir pequena em seu abraço, me acolhendo no seu peito e eu me encolhendo de mansinho.
Chegando perto. Mais perto. Olho nos teus olhos, brilhando. Sinto teu coração palpitante. Pego na tua mão e te faço sentir o meu, que bate descontrolado, descompassado, apaixonado.
Ganho teu carinho, encosto-me na tua pele, beijo teu rosto e sinto o cheiro da tua nuca, do teu humor. Te conto segredos, confesso desejos. E o tempo passa... Assim, leve, sem pressa.
Me elogias sem cessar, me perco entre tantos adjetivos. E eu te aprecio, meço cada detalhe do seu rosto, desenho sua boca com meu dedo. Chego pertinho do teu ouvido e repito: meu amor.
 Mágica, encanto, paixão, amor... e tudo fica bem. Sempre fica tudo bem. Só basta você estar. E ser. É, ora.
Minha vontade fica, e dessa vez com a certeza de que quero passar o resto da vida ao seu lado.

P.s.: Eu descobri que tudo o que eu mais quero é que o resto da vida comece logo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu, Tu, Ele


Uma tríplice união. Posso até dizer que esta, é uma das mais encantadoras e desejadas. Aquela que literalmente uni e uniu o útil ao agradabilíssimo. Aquela que compreende todas as possíveis compreensões, que vai à luta para tentar fazer com que todas as sensações se juntem a ela. Aquela que consegue ser maior do que qualquer outra razão. A que é verdadeiramente irresistível. E não, não adianta. É preciso haver redenções (de ambas as partes).
Essa união NECESSITA de três simples pronomes, ou melhor, de duas pessoas e um sentimento que os liguem. Um “Eu” assumindo o papel que lhe foi destinado desde o início, fazendo com o outro lado do triângulo, se sinta completamente completo, lhe dando forças para poder sustentar-te no processo da reciprocidade. Um “TU” para dar uma continuidade com ou sem continuísmo, para fazer com que hajam necessidades, desejos, saudades, lembranças, carinhos, e muitos, muitos restígios de felicidade soltos no ar, da parte dele(a) e da tua. E finalmente um “Ele”, exercendo a função mais importante e viciosa da história, o amor. Esse vem carregando uma grande e gratificante responsabilidade. É ele que consegue fazer com que haja um “Eu” e um “Tu” por aqui, se interligando; que consegue fazer brotar todos os mais puros e intensos sentimentos, que consegue colocar em atividade todos os cinco sentidos, todas as ações e reações. Que consegue mostrar três em três: duas pessoas e um sentimento; duas vírgulas e um ponto final, interrompendo a visita ou a permanência de qualquer outra acentuação. Somos só nós dois, e PONTO FINAL, ora.
Eu me uni a Tu por intermédio dEle. E devo avisá-lo, permanecerei assim , e aqui até depois que conseguirem mudar a função do ponto final na gramática. Afinal de contas, nós fazemos ou não parte de uma tríplice UNIÃO?!...       

Assinado: O teu “Eu” da história.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Experimente suas cinco sensações!


Poucas são as sensações que se conseguem explicar. Até porque se são mesmo sensações, elas devem serem sentidas, não é?! Sendo sentidas por breves e infinitos instantes. As vezes motivadas por cheiros, sons, e coisas concretas, outras por uma certa telepatia, que nos fazem transportar até o lugar desejado, na hora desejada, e principalmente com a pessoa desejada.
Pois é, existem as sensações dentro de uma visão que me proporciona uma beleza inigualável. Existe uma audição que me permite te ouvir a toda hora, estando ou não ouvindo de verdade a sua voz. Um paladar que me faz delirar, que me traz a sensação de uma fórmula química perfeita e exata, que me apaixona a cada encontro de lábios sendo desejados. Ah, o tato... esse me permite te tocar, permite a nossa sensação de contato, os nossos momentos. E por fim, o olfato, que faz com que eu sinta o cheiro de uma coisa concreta, de alguém que sem dúvida nenhuma existe, que é real, que me traz sensações inimagináveis, que me traz o que é e sempre foi meu por direito, você.
E foi assim... olhando os detalhes que há em ti, ouvindo sua voz me chamar, e se denunciar,  sentindo o seu toque, o seu cheiro e o seu gosto, que pude ver realmente que o que nos uni não são só sensações, mas sentimentos, certezas.

P.s.: É preciso também saber ouvir, sentir, saborear, tocar. Porque os cinco sentidos cobram muito mais de cada um de nós, eles cobram uma certa robusteza.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

É...

No passar das horas, consegui tê-lo para mim (do meu jeito), todas as vezes que eu desejar. E tudo esta e vai ficando cada vez mais divertido. Mais sério. Mais completo. Mais mágico. Mais diferente. Mais único.
O som, o grave da sua voz chamando "A mulher da sua vida". A sensação de ter sua presente respiração no meu pescoço, no meu ouvido me chamando por inteira, todas as noites, todas as vezes.
Um beijo completando um carinho, que vai completando uma carência, um afeto, que vai completando tudo... UM ELE que me completa, que completa um dia, uma noite, que tem completado o meu sentimento. Na verdade, você é uma linda "distração". A "distração" de E para uma vida inteira. 


(Atrás desta "grande mulher", EXISTE UM GRANDE HOMEM).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amar, amar, e se apaixonar



O amor ultrapassa, vai além de paredes, de longitude ou de latitude.
Desconhece fronteiras, se petrifica sem pedir licenças e não possui nenhuma fita métrica.
É capaz de romper barreiras, de ergue-se em vôos além do imaginário e de andar em terra firme por caminhos a fio.
Quando se ama não conhece limites, pois sabe que apesar do longo percurso o rio sempre encontra o mar, e por isso, aproveita a longa viagem para planejar como vai deliciar cada segundo, pois cada segundo representa uma hora, uma verdadeira eternidade.
O amor é o que alimenta a paixão, e vice-versa. Quem ama deveria estar constantemente apaixonado. Estar apaixonado facilita o amor, e estar amando facilita continuar apaixonado. Pois quando se tem um companheiro apaixonado, as dificuldades da vida se tornam mais facilmente superáveis. Trata-se mesmo de uma condição de ser e estar.
Pois o amar, o amor, o ser amado é uma plenitude da vida, a magnitude da existência.
Eternize sua paixão, se apaixone ainda mais pelo o seu AMOR.


.: Meu Amor, Minha Paixão :.

domingo, 17 de outubro de 2010

A minha melhor parte



Um só corpo se fez naquele abraço. Num momento afetivo, trocamos duas declarações. Ele se declara, eu retribuo, e vice versa. É sempre assim. Ofereço para ele o sentimento que recebo. Na mesma proporção. Sem exagero, nem capricho. Mais um dia, ele chega e me conforta ainda mais.
Sentamos, conversamos, rimos... E em meio há tantos beijinhos, carinhos, sorrisos constrangidos e olho no olho, ele fica sério, ameaça falar, mas não diz nada. Fico quieta e observo suas expressões faciais. Seu jeito assim sem jeito me deixa encantada. Eu gosto desse sorriso meio bobo, meio tímido, meio gracioso e sem graça. Gosto do jeito com que ele me faz ficar presa, prestando atenção a seus movimentos, do jeito manso com que fala que sentiu saudades, do jeito inesperado que ele muda de assunto. E
é por isso que sinto essa vontade de melhorar a cada dia, de ser o melhor que eu posso ser. Não para me vangloriar ou me orgulhar, mas para te dar o melhor que há em mim, te oferecer o melhor que posso ser, e dessa forma tentar retribuir o bem que tu me fazes. Porque somos assim, um nó, um laço forte, um jeito que só nós temos, que não se traduz, que não se desprende, que não tem a pretensão de ser perfeito, que não tem mistério e nem segredo, que nos preenche, que nos dá alegria e proteção, como um porto seguro, que nos completa, um desejo, um querer, um vencer, um acreditar, um futuro e grande amor, o nosso amor. É o sonho bom que eu gosto de ter todos os dias, todas as noites, vendo essas coisas pequenas se transformarem em coisas gigantes, pequenos detalhes, pequenos desejos, grandes sensações, tão meu e seu, único, incomparável, irreversível. E para te amar eternamente, eu tenho todas as razões. E é diante dessas coisas que eu desejo, a minha vida bem misturada à sua.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O meu imperfeito

O perfeito só é perfeito se estiver diante da imperfeição, de um imperfeito. Ele tem que ser atrativo, significativo, exclusivo.  Tem que fazer ter sentido as coisas que não servem para ele, que não se explicam. Tem que conseguir fazer com que eu me ate e me desate. Tem que me delirar, transportar, me invadir, me tomar por inteira. Tem que de longe me fazer sentir, me sentir presa, ameaçada por esta imperfeição. Perto, atraída, seduzida, exclusiva.
Eu nunca quis uma vida pequena, limitada. Um amor pequeno, perfeito e discreto, uma alegria que coubesse em minha bolsa. Eu sempre quis, e com você, eu sempre vou querer mais, muito mais que isso, meu bem. Quero esse imperfeito me enfeitiçando e me embriagando todas as noites, e me encantando todas as manhãs. Eu quero você, eu quero nós, quero muito, quero infinitamente.    

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Meu querido diário..."

Nossa, era incrível, era absolutamente fantástico ter um caderninho ou alguma agenda velha e esquecida que pudesse ser usada como um ''querido diário''. Eu nem lembro mais quantas vezes eu escrevi isso. Mais conseguia ser tão divertido. Ter sempre ''alguém'' disposto no meu imaginário, para ouvir, ler, sentir e se lamentar diante de todas aquelas confissões, de todos aqueles segredos, vontades, desgostos, ah... que tempo hein?! Aquela inocência que hoje já foi quase esquecida prevalecia, e parecia encantar tanto. Um diário que mais parecia ser minha própria prisão, com direito a cadeado e chave escondida a sete. Mas de algum jeito ele me acolhia, me aquecia, eram sempre tantos desabafos, tantos choros, tantas risadas, tanta tinta gasta, tanta folha gasta, tanto tempo, tantas Franciane's que foram depositadas ali.
E onde foi parar isso? No lixo meu querido, esquecido, totalmente esquecido. Era uma distração para mim e para o meu coração. Era uma segurança, uma confiança absurda, que no final foi jogada fora. E hoje, eu consegui ficar presa outra vez, só que agora eu tenho direito a todas regalias que eu sempre quis ter. Hoje, eu tenho alguém que me guarda, que me mostra e me dá toda essa confiança. Alguém que é real, que me pertence, que não é nenhum caderninho velho e esquecido, é somente o MEU QUERIDO!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esse tal amor

E é bem assim que acontece, ele te pega pelo pé, bem de repente mesmo, e  te faz flutuar. Você faz coisas insanas, inimagináveis e totalmente fascinantes e recompensadoras por ele. Uma vez ou outra ele vem e te desestrutura, mesmo assim, tudo parece estar lindo, na verdade tudo é lindo.
Ele te delira, te envolve e te toma por inteira. Pouco a pouco te consome, te encanta. Vem meio de mansinho, no meio do inesperado, e te prende e você já está envolvido demais para querer soltá-lo, você não quer soltá-lo.
Ele age como um ousado desconhecido. Cada novo dia, uma nova face, um novo jeito. Ele renasce hoje, amanhã e sempre. Todos os dias de uma vida inteira, ele renasce, sempre assim.  Não, dessa vez é diferente. Ele quis inovar a situação, intensificar ainda mais todos os momentos e sentimentos. Logo ele que dizia ser inabalável e inviolável. É todo extremo, ou muito, ou pouco, ou tudo, ou nada.
Um pouco pacato, nada discreto. É tudo infinito, é muito complexo.
Ele é superior à ação dos sentidos. Ele me faz calar, faz com que tudo que eu havia planejado a ser dito vá embora naturalmente. Qualquer comentário a seu respeito me parece insuficiente.
O que dizer mais sobre este sentimento? Nada, nada mesmo.
Não há mais o que se falar. Esse amor me deixa muda, completamente muda; e extremamente viciada, dentro de uma mania incontrolável de você, de nós.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crescer

De repente, com a mesma a rapidez que você fecha e abre os olhos, você se percebe diferente. Olha à sua volta e é tudo responsabilidade. Ganha algumas poucas contas, uma mesadinha todos os meses,  e a tarefa de administrar esse dinheiro e essas contas. Já é quase dono de seu próprio nariz.... quase.
Tudo aquilo que você sonhava, imaginava quando encostava a cabeça no travesseiro, começa a acontecer. Isso é mágico, é louco, causa inquietação, euforia: “nossa, o mundo é meu!”
Você começa a exigir muito mais de você e muito mais dos outros, isso causa decepção e adoração, por você e pelos outros. Os méritos e as consequências de seus atos, de suas escolhas, são todos seus! Dá um medo...
Sua vida na sua mão; uma liberdade, uma responsabilidade.
Você quer mais... quer ir mais adiante, quer chegar logo na frente. Quer começar sua carreira, quer se ver rico, bem sucedido e ter uma família linda e feliz. Daí, do nada surge um medo, semelhante aquele citado anteriormente. Aquele medo de falhar.
Mas, o que vale mesmo é saber que CRESCER é lindo, empolgante, assustador, encantador, arriscado, excitante. É um fato, e dos mais consumados. Então, é melhor cuidar em crescer, em amadurecer, dentro de todas as ''regras'' que a nossa vida, e esse nosso mundo impõe; e deixar esse ''medinho'' de lado e se tornar de verdade, uma pessoa diferente, crescida.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Prisioneiro meu


Daí vem a vida e bate em minha porta e entrega um ''amor'' que não tem nada a ver com o que você queria e/ou idealizava. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o ''amor'' que lhe cabe, ou melhor, que me cabe. É meu, só meu.
E agora estou eu aqui, com esse ''amor'' que não estava nos planos. Um ''amor'' que não é a minha cara, que não lembra em nada o ''amor solicitado''. E, por isso mesmo, um ''amor'' que me deixa encantada. Tudo diferente do que eu um dia planejei, um ''amor'' que me perturba de um jeito diferente e que me faz voar, que não aceita as regras que eu mesma estipulei. Um ''amor'' que a cada manhã me faz pensar, me faz planejar. E quando a noite chega esse ''amor'' perdura, um ''amor'' movido por discussões que eu não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um ''amor errado'' que eu vou saboreiar dentro de um presente, de um suspense; esse ''amor'' que eu desconfiava que agora me pertence. Aquele ''amor'' em formato de coração, ''amor'' com licor, ''amor'' de caixinha, apareceu. E eu vou começar a me olhar vivendo-o, esse ''amor'' que não era o esperado, nem desejado, mas que chegou e me conquistou, me cortejou. É o ''amor'' que me foi destinado, o ''amor'' que começou por telefone, o ''amor'' que era pra não vingar e virou compromisso, e eu aqui tentando explicar o que não se explica. Na verdade nós nunca haviamos se dado conta de que ''amor'' não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho! Aquele amor que eu encomendei chegou, já me foi entregue. E a partir de agora virou o meu prisioneiro, e só você pode solta-lo. (Por favor, não solte-o!)

Ah...

As vezes é difícil me ver partir ou te ver partir, ficar com a tua ausência, e sem a tua presença. Acabo deixando o vento beijar-me, a chuva molhar-me, na impossibilidade de sentir o teu abraço na hora que eu queria mesmo sentir, de ouvir as tuas palavras de carinho e afeto. Entrego-me ao céu estrelado, tentando adivinhar o que ele me diz, onde estás, o que fazes, se pensas em mim, se ainda me queres como à algumas horas atrás. E o que eu acho mais encantador nisso tudo é o fato de saberes direitinho, a maneira certa de mim mostrar esse ''amor'' que tentas me dar em cada gesto, palavra, sorriso e mesmo na distância tentas disfarçá-lo com manifestações de afeto que chegam através de mim e para mim, através do vento que me envolve, do frio e do calor que sinto, ou até mesmo de um simples "Boa noite", "Bom dia".
Na ausência de ti, deixo-me envolver pelas noites frias e recordo cada momento, cada pedacinho de ti... de nós, dentro de uma saudade que se tem como a mais urgente entre tantas outras, e me pego fazendo planos... muitos planos.
Há em mim, agora, uma sede de abraços calorosos.



terça-feira, 31 de agosto de 2010

O grande espetáculo

Suba no palco, o espetáculo acabou de começar. Não pelas luzes, sons e canções, mas pela magia e alegria que restou e restará sempre detrás das cortinas. Talvez dentro dessas muitas e ao mesmo tempo, poucas palavras, esteja nascendo um grande e inspirador número, um espetáculo apaixonante. As letras se juntam e formam lindas e majestosas melodias, enquanto o silêncio separa,  aumenta, diminui, multiplica, divide e revela nossas limitações. No ápice do desconforto e da tristeza surge um sentimento de euforia, que na verdade é o nosso grande espetáculo, eis aqui “A vida”. Quem dera que nós pudéssemos ver o mundo, esse mundão de meu Deus, com os olhos de uma criança, de uma menina de cinco anos, que pela primeira vez subiu num palco pra ver começar um grande e inesquecível espetáculo. Pois é, a vida passa e não nos permite olhar para trás,  não nos permite sequer alguns ensaios, até porque, somos e seremos sempre responsáveis por tudo que cultivamos, e principalmente por tudo que cativamos. Se bem que a arte poderia até ficar viva e deixar a sensação que fomos e\ou somos importantes, essenciais, insubstituíveis e inesquecíveis, né?!... Mas, uma dura certeza chega e nos mostra que o espetáculo sempre tem um fim, mas que nem todo fim tem seu começo. O tempo jamais voltará e você nunca mais será o mesmo. Haverão sempre algumas mudanças, alguns outros telespectadores, outras luzes, outros sons, outras canções, enfim... uma outra magia. Então, saia um pouco do palco e passe a frequentar mais a sua platéia. Assista a peça de alguém que você nunca teve tempo ou nunca quis ter. Quem sabe não está ali a parte que te falta.

domingo, 29 de agosto de 2010

Os meus recomeços!

É... recomeçar. Eu posso dizer que foi esta a palavra que sempre marcou minha vida. Eu sempre precisei de um recomeço; de pisar outras calçadas, de atravessar outras ruas, de falar com e de outras pessoas, de ouvir outras músicas e consequentemente outros cantores, de abraçar e beijar alguém que de fato me preenchesse, da maneira com que eu sempre, sempre sonhei, mesmo que não fosse a ''pessoa certa'', que fosse a ''pessoa errada'' mandada na hora certa, no momento certo, para a pessoa certa; de sonhar outros sonhos, viver outras realidades, de chorar por outros motivos e por outras pessoas, de sorrir mais, muito mais, alias, sempre mais; de conversar, de ler, de escrever coisas que eu nunca tive ou não quis fazer, por preguiça ou por falta de inspiração. É, mas como RECOMEÇAR é e sempre foi um lema pra mim, continuemos assim, inovando, renovando, recomeçando... eu confesso que gosto muito disso, dessa Franciane que se recolhe a cada anoitecer e renasce a cada amanhecer.
Eu nunca acreditei em contos de fadas, em fadinhas dos dentes, em cegonhas, em papai noel, e nem em mim. Eu não havia me criado ainda, me renovado, talvez por um certo desinteresse ou porque eu não queria mesmo, ora. Mais no fundo, no fundo, essa Franciane que hoje vos escreve sempre viveu aqui dentro, trancada, aprisionada, adormecida, muda, paralisada. E ''hoje'', resolveu sair da toca, se libertou, olha. E o engraçado é que eu passava o dia inteiro tentando com êxito, exercer o papel exigido por muitos, e por mim mesma. Mas de quê adianta ou adiantou toda essa exigência?! não é bom sofrer por não ser uma coisa ou por sê-la. Sou como você me vê, desse mesmo jeitinho, usando essas minhas palavras desequilibradas e fazendo com que o meu silêncio reine sempre que necessário e possível. Pois é, eu vou indo agora, estou de a fim de  recomeçar! Até porque eu sou mais forte que eu mesma e nem as páginas viradas dos meus livros, nem as Franciane's que ficaram lá atrás vão me segurar. Ah... eu costumo voar tão... tão alto. E sinceramente eu quero que você também se acostume com isto, quero você lá comigo.

P.s.: Vê se não demora!

sábado, 28 de agosto de 2010

É... é tudo culpa sua!

Quero sempre o vôo mais alto, o cenário mais bonito, o beijo mais doce, mais demorado. Tenho um coração que sem piedade, quase me engole, uma força que mesmo querendo nunca me deixa e uma rebeldia que as vezes me cega, me enlouquece. Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer, não tenha medo. Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de enrolação e muito menos de noite sem estrelas. As vezes, mesmo sabendo que felicidade é uma palavra e um sentimento muito forte e que talvez nem caiba TODA dentro de mim, eu sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante, muito distante e eu preciso que você me traga de volta, porque afinal de contas você é o responsável por esse turbilhão de coisas. Me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida e pra tudo que acontece nela. Explicação mesmo, eu sei: não há. Alias, eu não quero mesmo que haja. Adoro um certo mistério, uma certa surpresa. E assim me agarro no meu sentir, porque no fundo, só meu coração sabe e só eu sei, ora. E esse mesmo coração que me guia, que me alegra e que me entristece ao mesmo tempo e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, sem direção mesmo, com uma interrogação na frase: O que eu quero mesmo, de verdade? Você? Eu? NÓS?
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem vergonha, que é assim que eu costumo ser com você): se eu gostar de você (como eu estou gostando agora), tenha a gentileza de não me deixar tão solta, me prenda em você, pra você. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar, rápido, muito rápido. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto, talvez seja esse o meu ''encanto''. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim (eu adoraria, confesso). E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou, com todos esses meus defeitos, com todas essas minhas qualidades. Meio gata, meio cachorra, meio GENTE.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

As coisas da vida



Ao longo desses 16 anos, tive que engolir algumas vírgulas, me engasgar com alguns soluços e soluçar alguns silêncios, inumeros silêncios. Sempre me achei no direito de colocar Deus no pé da parede e fazer aquelas perguntas que nós todos no fundo, já sabemos as respostas, de perguntar os porque's disso e daquilo. De pegar meu travesseiro, e fazer dele o meu cúmplice, fazer com que me escutasse todas as noites com aqueles desabafos que na verdade não eram tão necessários, e nem perguntava se ele queria ouvir, molhava-o com lágrimas de saudade, de sofrimento, de culpa; tornava-o meu aliado (mesmo que ele não quisesse), achava que tinha o absoluto controle de todas as situações. Ora, quanta ousadia. Mas mesmo assim chegavam sem ter aparentemente um porque certo e bem, bem convincente, que na verdade fosse exatamente o que eu queria que fosse; chegavam como que em uma retrospectiva de todos os pensamentos positivos, todas as promessas eternas, os abraços apertados, os beijos demorados, as mensagens sem respostas, os incontáveis recomeços, aqueles recomeços desejados; as expectativas merecidas, os afetos provocados e vividos tão intensamente, os sentimentos marginais, as saídas não permitidas, os atos intencionais, os arrependimentos mortais, a cabeça no ombro e uma mão em meu cabelo, o olho no vazio, as brigas banais, o amor incondicional, o telefonema inesperado, o pedido declarado, passageiro, o sono inquieto, teimoso, eufórico; a noite em claro, os devaneios pressentidos, os brincos esquecidos, as taças quebradas, as bocas caladas, as paixões calculadas e que necessitavam de uma pequena prova real, que acabava desaparecendo no meio da história, da contagem. As vinganças inofensivas e ofensivas, as tantas tentativas frustradas, os carinhos somados e subtraidos, os pensamentos reprovados e aprovados, as frases pensadas e esquecidas, as palavras medidas, as reticências repetidas e as grandes e experientes coisas da vida.  Mas ai você para, retorna a realidade, ao presente que deveria sim ser vivido todos os dias, com todas as pessoas, com toda esta mesma intensidade e então se toca que as coisas devem acontecer exatamente assim, desse mesmo jeitinho, nesta mesma ordem e que toda essa mistura de acontecimentos, de sentimentos são muitos, são infinitos, inacabados, intocáveis, inexplicáveis, irreversíveis.... São simplesmente amores, meus, seus, nossos. E o que seria de nós, seres humanos, se não existisse esse turbilhão de coisas, essa magia, essa falta de razão e esse excesso de emoção? é verdadeiramente impossivel viver assim. É preciso fazer com que nossos olhos brilhem mais fortes, que o nosso coração bata mais acelerado, que nossas pernas tremam, e que nós não respeitemos a razão (pelo menos por um instante), porque esta razão não cabe dentro do amor.

Repetir, repetir... até ficar tudo diferente!


Repetir, repetir... até ficar tudo diferente! Pois é, é isso que eu tenho feito da minha vida nesses últimos anos. Essa repetição toda vive em busca de uma pequena, de uma mínima diferença. E é justamente esta suposta diferença toda que me encanta, que me estiga, que me anima, que me excita. Ah... que vontade de mudar, de acertar, de crescer... O melhor mesmo é se cansar disso tudo, dessa repetição chata, porque daí você vai poder e querer ir atrás da diferença, da mudança, e poder assim se encantar verdadeiramente com o real sentido da vida e com o diferente caminho que tu vais ter a oportunidade de ver e/ou conhecer. Como diria Pedro Bial em uma de suas crônicas belíssimas, ''é preciso sempre mudar, mas é preciso começar devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade''. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas. Mas na realidade não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia que há dentro de cada um de nós. E nem adianta vim e dizer que não pode, que não é possível, que não consegue mudar, porque nunca é tarde pra tentar sair dessa rotina, até porque só o que está morto não muda, né!? Vamos, repita tudo outra vez e se não funcionar, continue repetindo até diferenciar de vez isso tudo. Só temos uma chance de viver (é, eu sei que isso soa até como um clichê, mas... não deixa de ser um fato!). Então, viva sempre intensamente cada momento, cada pessoa, cada situação, cada problema e cada solução. E agradeça sempre por poder viver e repetir tudo isso.

P.s.: Ah... eu devo confessar que é incrível poder sentir o começo de toda essa diferença, poder sentir seus pés tocarem outras calçadas e seus olhos enchergarem outras coisas e outras pessoas.

(Muito obrigada!)